Outro ângulo da Marginal...devia ser dia de snipes, pois a baía está enfeitada de velas brancas...hoje, olhando para a foto, parecem lenços acenando...
Esta foto foi titada do Largo Infante D. Henrique... mais conhecido pelo Largo do Baleizão, devido a uma gelataria/cervejaria, onde se comiam os melhores gelados de Luanda... e o nome pegou, chegando a ser sinónimo de gelado!E cá está outra foto da Marginal, onde se vê claramente as linhas de caminho de ferro que a bordejam! Será que alguém me consegue informar se, realmente, alguma vez foram utilizadas?
Tirada da Fortaleza, sobre o Largo do Baleizão, mostra a expansão da cidade em 1960
13 comentários:
Letinha
Como benfiquista, gostei da homenagem.
Como dizes as fotos são da época de 60 como tal a ponte da ilha ainda era a antiga, mais estreita, mais tarde no final da decada de 60, foi alargada, ficando com duas pistas de rodagem.
Quanto as linhas de comboio na marginal, elas so chegavam até ao porto de pesca que ficava quase em frente ao banco de angola, e raramente eram utilizadas, algumas vezes, por composições de mercadorias, ou para manobras das composiçoes, que carregavam ou descarregavam no porto de Luanda.
Estive em Luanda em 1967, depois em 1970 a trabalhar nos aviões militares junto à antiga DTA e mais tarde voltei (de 1973 a 1981) para a estação de satélites da Marconi no Cacuaco. As suas fotos de Luanda tocam-me bastante. Obrigado.
José
Muito agradecia a quem me pudesse informar se entre 1966 e 1968 havia FEIRA POPULAR em LUANDA.
Cheguei a assistir a espectáculos nocturnos em local ao ar livre, mas não me lembro onde nem quem os organizava.
Havia ou não FEIRA POPULAR em LUANDA? E em que local se instalava?
Agradeço a ajuda.
Podem informar para «sergio.o.sa@sapo.pt»
Obrigado
Sérgio O. Sá
sergio, a feira popular de luanda, era realizada nos terrenos anexos da igreja do carmo, ao pé da camara municipal
Caríssimo José Carlos
Só hoje me dei conta da sua resposta aqui deixada, já em Março, ao meu pedido sobre a Feira Popular de Luanda.Como entretanto obtivera resposta por outra via, esqueci-me do pedido aqui deixado, e só hoje, por mero acaso, aqui passei de novo.
Obrigado pelo seu favor.
Já agora, se não é ser indiscreto, de onde me responde? De Angola ou de Portugal? Pode responder para sergio.o.sa@sapo.pt
Cordiais saudações
Sérgio O. Sá
Boa tarde,
Eu sou a Kamy Simons e trabalho na Associação Tchiweka de documentação. Estamos neste momento a procura de imagens de arquivo de Angola entre os anos de 1960 a 1975.
Foi com agrado que encontrei algumas fotografias no seu blog. Fotografias que nos interessaram muito.
Gostaria de saber se seria possível termos acesso a algumas fotografias em alta resolução para um trabalho sobre a história de Angola que estamos a realizar.
Um abraço e cumprimentos.
Kamy Simons
Boa tarde,
Exma. Sr.ª Letinha.
Aceite os meus mais sinceros cumprimentos.
Sou director de uma agência de comunicação em Luanda: www.id.angola.com e recentemente uma cliente viu as suas fotos e pretende que as mesmas sejam impressas para aplicação decorativa no seu espaço comercial.
Gostaria de se nos dá a autorização de as reproduzir sem quaisquer tipo de constrangimentos.
Na esperança da sua melhor atenção, para esta mensagem, aguardo um breve feedback para o meu email: adrianofelix@id-angola.com
Grato pela sua atenção e disponibilidade.
Com os melhores cumprimentos,
Adriano Félix
D. Letinha, esses carris serviam na epoca o porto de Luanda.
A linha principal com ponto de partida a Estação do Bungo seguia paralelamente à Rua Direita ente esta e a encosta com primeira parada no apeadeiro da Quipaca, depois seguia em frente passando pela ponte da Calçada de Gregório Ferreira até ao apeadeiro da Câmara Municipal, um pouco defronte à Igreja do Carmo. Este apeadeiro era dotado com plataforma de concreto sem proteção para abrigo do sol ou chuvas. O próximo destino era a Estação da Cidade Alta sita na esquina da Rua do Eng°. C. Serrão com a Rua de Guilherme Capelo e muito próxima ao Largo da Maianga. Daqui seguia paralelamente à Rua 28 de Maio no sentido Maternidade Indígena Maria do Carmo Vieira Machado pertinho do Aeródromo Emídio de Carvalho. Perto da Maternidade a linha passava entre taludes escavados no terreno com um apeadeiro cujo comboio cruzava a cidade duas vezes por dia em ambos os sentidos no percurso Bungo-Quipacas-Câmara Municipal-Cidade Alta- Maternidade e Aeródromo.
Um outro ramal atendia um cais perto da Mãe Isabel (atual Porto de Luanda) e deste ramal outro foi projetado passando em frente à Igreja da Nazareth sempre circundando a Baía, junto aos antigos Mercados Municipais tendo outro desvio para atender ao cais de cabotagem de frente à Alfândega. Antes de adentrar no cais a linha seguia em frente direcionada ao sopé da Fortaleza de São Miguel. Passava ao lado do cais de embarque de passageiros para os navios de grande calado fundeados na Baía, perto da Capitania do Porto, Praça do Governador Pedro Alexandrino ( onde mais tarde apareceu o Rialto), Fábrica de Tabacos, Largo Diogo Cam, Fábrica de Sabão e Óleos infletindo, após contornar o sopé do Morro, em direção às pedreiras do Morro da Samba. Outro ramal foi estendido até á Ilha do Cabo permitindo que as pessoas fossem para a praia de comboio, aos domingos.
Dando continuidade à matéria publicada gostaria de acrescentar o seguinte:
O cais da Alfândega de Luanda, localizado na desembocadura da Rua da Alfândega com a marginal, servia para acostamento de traineiras de pesca como para os batelões que transportavam e traziam mercadorias dos navios fundeados ao largo na Baía porque o porto de Luanda ainda não tinha sido construído. Este ramal que atendia o cais assim como o prolongamento dele até à Samba e ilha foi desativado com a implantação da Av. Paulo Dias de Novais, vulgo Marginal.
A ponte da Ilha, a primeira era de madeira, sendo anos mais tarde demolida e substituída por aterro que deu origem ao istmo como todos conheceram. Erroneamente continuaram chamando ponte.
A primeira Feira Popular de Luanda, foi realizado nos anos 59/6o e era localizada junto ao mercado , no Largo Maria da Fonte, a caminho dos Combatentes. Lembro-me porque tinha 11 anos, e o meu pai (Celestino Soares) abriu nessa feira a cervejaria AS Berlengas. Depois do fecho dessa Feira Popular, o m/pai em 1960, ficou com o Magestic, na Rua de S. Paulo até 1964 (ano em viemos para o puto). Antes em 1952, abriu a Mariazinha da Mutamba(1ª ou 2ª casa em Luanda de café moído e fruta importada do puto e Africa do Sul, em 1953 abriu a Mariazinha de S. Paulo (em Frente à Papelaria Minerva. Saudades da Matacanha no pé. Angola com muitas saudades.
Bom dia Carissima,
Pretendo expor fotografias antigas de Luanda com isto seria possivel ter acesso ao seu acervo? Se possivel o meu contacto e o Vhelix2020@gmail.com .
Grata pelo apoio.
Helia
Enviar um comentário